sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Nós vampiros não existimos!?


Se eu fosse uma vampira, entraria por sua janela ao anoitecer, mesmo não tendo um convite para tal, eu me arriscaria, então, tocaria suavemente em sua pele tão mortal e quente, desaparecendo antes mesmo que pudesse me perceber...
 
E você seria minha presa preferida, minha fonte de vida sem a necessidade de uma minúscula mordida, enquanto eu, eu seria seu contato mais próximo com a morte...

Eu a caçaria de longe, pelo teu cheiro, pelo prazer, pelo querer, pelo temor...

Se eu fosse uma vampira, numa noite fria entraria pela janela de seu quarto e, sem saber o porquê, então você me tocaria, me sentiria, me pertenceria e antes mesmo que você pudesse perceber, antes do sol nascer eu desapareceria...

Se eu fosse uma vampira não voltaria ao seu quarto, não a mataria e nem tão pouco te daria o gostinho de experimentar a eternidade!

[Samia Mara]

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

De meu desejo...

Então um lugar abandonado, velas, correntes, a musica alta e a coleção de bisturis...


Sem ninguém por perto, uma noite chuvosa, palavras mórbidas, gestos precisos...


Logo as correntes sendo usadas, as velas acesas, uma pequena incisão apenas para que os lábios pudessem sentir o gosto daquele sangue... 
 

Um lugar preparado, um tempero exótico e por fim a satisfação...


Samia Mara

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coisas que escondo...

Escondo segredos amedrontadores, leves, insinuantes, delicados, possessivos, infiéis, infelizes, melancólicos, enlutantes, neuróticos, psicóticos...

Escondo segredos que ainda não cometi, segredos insanos, palavras secretas, sentidos, medos, vontades, desejos, segredos palpáveis, maléficos...

Escondo amores secretos, pessoas, gostos, jeitos, faces, personagens, dramas, ilusões, sonhos, ódio, planos, pensamentos, dores, nomes...

Escondo coisas secretas, lembranças, toques, corpos, lábios, sensações, mãos, olhos, verdades...

Escondo segredos que por vezes preferia não sabê-los.

Samia Mara

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mãe, pare com isso!


Porque, se tirar toda essa
maquiagem ele nem vai ser tão diferente assim!




[Menino de Longe]

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cale a boca!

Cale a boca, quem pensas ser para dizer o que devo ou não fazer?
Não me toques, não tem este e nem qualquer outro direito sobre mim!

Não tente definir-me, muito menos crie expectativas sobre minha pessoa.
Não espere que eu te ame, nem ao menos espere que eu a queira, não coloque-se tão rente a mim

Não quero um terço de você e muito menos quero alguém pela metade.

Onde você esta e o que de fato quer? Defina-se talvez conversaremos


Olhe-me se quiser, iluda-se ate quando puder.
NÃO, você não pode me adivinhar


Não quero mais brincar disso, cansei-me de ler nas entre linhas, por isso, CALE A BOCA!

[Samia Mara]

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Te amo Dona MÃE!


Eu me lembro muito bem de algumas coisas que fazíamos juntas, de lugares que frequentávamos, as coisas que você me contava, coisas que você me ensinava...

De como você me vestia, de perfumes que você usava, de quando você chegava cansada, de quando me abraçava e me pegava no colo, de como eu temia ficar sem você...

De como eu aprontava, chamava tua atenção, das vezes que eu me machucava e você corria feito louca, e como eu teimava...
 Eu ainda teimo, e tudo que você diz, no fim ainda acaba acontecendo.

E como eu cresci e tanto contigo eu aprendi!

E daí se tento fazer tudo sozinha para mostrar e provar que posso? E daí se tento manter a casa em ordem e enlouqueço com a limpeza mal feita do banheiro? E se quebro regras, busco, bato a cabeça, incomodo e por fim quando eu consigo o que queria tudo parece perder a graça? Será que sou bipolar também?
 
Acho que me pareço com você, muitas e muitas vezes!

É tão difícil perceber que eu cresci, que não jogo mais video game, não falo mais de primeiros amores, não brinco mais de boneca, me viro sozinha?

Tenho um pouco mais de 17 anos (números exatos não vem ao caso), sou uma mulher, sei de coisas que você não me ensinou, estudo, trabalho, tenho minha casa, meus compromissos, descuido minhas roupas, mas ainda preciso te ligar depois que chego da aula, ou do trabalho só para dizer que te amo e saber como você esta!

Então aponto teus erros como se tivesse toda a razão do mundo, digo o que deveria fazer como se eu estivesse vivendo por você, falo sobre a educação de teus filhos, pego tuas dores pra mim, mas desabo quando você não esta bem, sinto tua falta, fico mal quando digo algo que te magoas, e SEMPRE vou te ouvir, SEMPRE vou te apoiar, SEMPRE vou estar quando você precisar! 

Não sou perfeita, nem sou tudo que você gostaria que eu fosse... Mas sou tua filha e te amo mais que tudo!

Samia Mara

quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu estou nisso tudo?

Onde eu fico nisso tudo? Entre os dedos, no meio do caminho, na escuridão, no final do túnel, dentro de mim, perto do fim, para trás?

Como posso me perder em meus próprios pensamentos, me prender a pequenos momentos?

No fim eu sobro para mim mesmo...

Para que valorizar os detalhes, ler os gestos, ouvir as atitudes, sobreviver ao inverno, ou querer alguém por perto?

Por que desejar?

Pra que sentir?

O que é sentir?

E não poder falar, querer falar, parar de ouvir, ficar em silencio, sentir frio, ter...

E ser lido, tocar, sentir, estar e querer estar...

buscar, perceber, encontrar, esconder-se, frustrar, ser encontrado...

Onde ficam minhas vontades nisso tudo?

Onde ficamos nisso tudo?

O que eu sou nisso tudo?

Sou eu, ou é você?


Samia Mara

domingo, 9 de janeiro de 2011

Outoono


Assim como folhas secas voam no outono, as pessoas também partem em busca de novas estações...
Sempre haverá uma nova estação, novas folhas, novos ventos...
E os ventos sempre trarão consigo aquelas mesmas saudades, aquele mesmo rosto, o sorriso que afastava as nuvens daquela estação chuvosa, o abraço que nos aquecia numa daquelas estações frias...
Sempre haverá uma nova estação, novas folhas, novos ventos...
E os ventos sempre trarão consigo aquelas mesmas lembranças, memórias de um dia de verão, apenas aquela presença num dia cinzento de outono...
É difícil acreditar que as folhas voam para tão longe que os mesmos ventos já não a possam trazer, é difícil não a ter mais ao nosso lado, não esperá-la em um dia qualquer ou em um dia especial, não poder mais abraçá-la, olhá-la ou tocá-la...
Algumas estações já se passaram e por mais que o vento não a possa trazer de volta ela esta pelo ar, pelas fotos, pelas lembranças, pelas lágrimas, em cada sorriso, em tantos pedacinhos de nossos dias...
Na brisa fria, em 30°C graus de um dia quase sem vento, no perfume solto pelo ar na manhã da primavera, no vento que faz cair folhas secas no outono...
Já não existem palavras certas para usar

Samia Mara

' IMPERFEIÇÕES

Amanhã...

Amanhã sera um outro dia, certamente eu serei mais feliz...