terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bodas de Beijinho



Eu poderia com toda certeza dizer que se trata da forma com que me olha, da força com que me abraça, do modo que me ama, do gosto do teu beijo, de como teu toque faz minha pele arrepiar...

Eu poderia com toda certeza dizer de que se trata do teu sorriso, da tua boca linda, das formas do teu corpo, das tuas mãos, pernas, coração...

Eu poderia com toda certeza dizer que se trata da tua experiência, da tua energia, da tua excitação, do teu toque, das madrugadas em claro...

Eu poderia com toda certeza dizer que se trata da tua alegria, da tua emoção, das lágrimas que já vi derramar, dos planos, dos sonhos, dos filhos, dos anos...

Eu poderia com toda certeza dizer que se trata do cuidado que tem comigo, dos pensamentos voltados para mim, das horas, dos dias, deste primeiro mês, da atenção que me dedicas...

Eu poderia com toda certeza dizer que se trata do fato de eu não lembrar de como era a vida antes de você, do fato de eu não conseguir ficar tanto tempo longe de você, de eu não conseguir me imaginar sem você...

Eu posso com toda certeza dizer, tudo em mim precisa de você,  tudo em mim tem uma parte de você, meu desejo, meu beijo, meu calor, meu carinho, meu amor...

Te amo Be

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mãe...



Eu ainda sou a mesma pessoa e quem sabe, sou uma pessoa ainda melhor...
Eu ainda sou quem você sempre amou, ama, quem você educou, quem você cuidou...
Eu ainda sou a tua menina, quem te ajuda, quem te apóia e quem te precisa...
Eu ainda sou tudo que você conheceu, que você conhece, talvez não o que você acredita ou esperava ser...
E por mais que teu olhar sobre quem sou possa ter mudado, por mais que, ao ter ver as coisas tenham mudado, eu ainda sou a mesma pessoa, a tua filha, que te respeita e que acima de tudo te ama!

                           

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pra você que me faz bem...




Ainda não sei bem o que é, mas sei quem o faz e como o faz...
Não tenho certeza do que pode acontecer, mas, sei o que espero disso e como espero que seja...
Não sei até onde isso vai, mas, sei como e onde quero que vá...
Não sei quanto tempo isso pode durar, mas que o tempo passe arrastado pra eu ficar ao teu lado...
Nem mesmo sei como devo me sentir, mas enquanto me fizer bem procuro te fazer também...
Não sei se te faço sentir-se assim, mas, que eu possa fazer-te feliz, por um longo tempo, em qualquer lugar, na chuva, enquanto durar...





terça-feira, 30 de julho de 2013

O último ato

E parecia apenas mais um ato, o cenário todo armado, personagem, falas prontas, o figurino impecável, o público ansioso, então as cortinas se abrem...

De frente para o público, sentada em uma cadeira a atriz protagonizava um monólogo dramático... Palavras cruas, gritadas, outras cheias de raiva, movimentos exatos, a voz rouca, olhos lagrimejando, histórias reais, mentiras, brigas, amantes, abandonos, desencontro, mentiras...

No palco, as palavras e sensações eram postas de tal forma, que o público boquiaberto, arrepiava-se a cada suspiro da atriz, alguns ate mesmo sofriam com ela, outros criavam em suas mentes desfechos mais confortáveis e, ainda aqueles que ansiosos demais para descobrir o final daquilo tudo, mal ouviam o que era dito.

E como numa boa peça, ao fim as cortinas se fecharam e o púbico aplaudia em pé pedindo para que ela se apresente outras vezes...

Ainda ouvindo os aplausos, foi para seu camarim, tirou a maquiagem, o figurino e voltou a ser quem de fato ela era...

E aquilo tinha tudo para ser uma boa peça, tinha tudo para SER uma peça, era uma ótima história, uma ótima atriz, tinha um público, drama, mentiras...

Mas, eu nem se quer usei maquiagem ou troquei de roupas, eu atuei de cara limpa, encenei minha própria história para apenas uma pessoa da platéia, citei mentiras como se fossem reais, fechei as cortinas, sai do teatro, desisti dos palcos, sai de cena para que meu público assistisse peças mais intensas, mas, nem por isso menos mentirosas...

Só quem assistiu pode saber...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Certas coisas


 Certas coisas...

Certas coisas duram o suficiente, outras, duram tempo demais
Certas coisas fazem sentido, outras nunca entenderemos
Certas coisas nos marcam pra sempre, outras simplesmente se apagam
Certas coisas nos completam, outras nos tiram pedaços
Certas coisas nos surpreendem, outras, mesmo esperadas, nos assustam
Certas coisas nos machucam, outras nos machucam um pouco menos, outras nos curam...

Certas coisas se encaixam tão bem, outras, nem mesmo se as virarmos de cabeça para baixo
Certas coisas suprem outras, outras, nos sufocam...
Certas coisas nos mudam, outras nos forçam a mudar
Certas coisas nos amedrontam, outras nos acalmam
Certas coisas nos fazem chorar, outras nos fazem cócegas...

Certas coisas fazem tanta falta, outras nem importa o que vão nos fazer sentir
Certas coisas são duradouras, outras, intensas

Certas coisas...

Certas coisas duram o suficiente, outras, tempo demais e algumas ainda, nunca deveriam acontecer...

É o que penso sobre certas coisa!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Em outro lugar

E por que ficamos?
Por que ficamos onde não está bom?
Por que ficamos onde não nos querem?
Por que ficamos onde somos agredidos?
Por que ficamos com alguém sem ser de verdade?

E ficamos por não ter para onde ir?
Ficamos porque não conseguimos ir?
Ficamos porque precisamos sentir aquilo tudo?

Ficamos muitas vezes sem saber o porquê e, ficamos por um bom tempo, por um longo tempo, tempo demais...

E ficamos ali nos anulando
Ficamos ali nos escondendo
Ficamos ali por, ou com medo
Ficamos ali tentando fazer tudo dar certo, ou estragando tudo
Ficamos ali esquecendo os fatos para conseguir continuar ali...

E quando decidimos realmente ir, quando optamos por sentir, por ser, por fazer, então, nos julgam, nos culpam, jogam com novos fatos, com antigos medos, com futuros erros...

E, acho que ficamos por medo de ir e perceber que nem éramos o tanto que pensávamos ser, ou por acreditar que ainda poderemos ser, ou por acreditar que ainda nos precisam, ou por medo de arriscar e acertar...

E, quando eu fui, mais difícil mesmo, foi perceber que nem perceberam que eu já estava em outro lugar e ainda assim me pediam para ficar!

Samia Mara


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Não sentir...

Mais difícil ainda é não sentir...

Não sentir que alguém se importa
Não sentir a verdade nas palavras
Não sentir alguém perto
Não sentir frio, fome, sono, cansaço
Não sentir o vento
Não sentir o coração bater, o toque das mãos, a própria respiração...

Não sentir cheiros ou sabores
Não sentir mais a pele arrepiar, o calor dos abraços, o medo de perder...
Não sentir que ainda se tem algo a perder

Mais difícil ainda é não sentir e não conseguir descartar
Não sentir e não conseguir se soltar
Não sentir e mesmo assim ficar...




sexta-feira, 12 de abril de 2013











Caros homoafetivos /homoafetivas, leiam com atenção

Não andem juntos (as) nas ruas, não beijem em público, não se abracem em público, procurem usar copos, talheres e pratos descartáveis para que ninguém se contamine, bem como, não demonstrem qualquer forma de afeto por pessoas do mesmo sexo em público.

Finjam, mintam, escondam, culpem-se, envergonhem-se de ser assim, punam-se por isso!

Enquadrem-se, não fujam dos padrões religiosos, sociais, culturais, sejam “iguais” a todos, sejam “normais” como todos são!

E, se insultados (as), agredidos (as), esculachados (as) ou espancados (as), não reajam, não denunciem, isso é uma pequena parcela do preço que devem pagar por este pecado!

Não façam carinho, não sintam saudade, não façam sexo, não façam amor, não sintam vontades, não tentem formar uma família, não lutem por liberdade, não busquem felicidade, não sejam vocês mesmos (as), não queiram o direito de diversidade, direitos humanos, uma vida de qualidade, dignidade...

Obrigada pela compreensão!

ATT
Sociedade Machista Homofóbica do Brasil

Família hetero e normal


http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/caso-richthofen-irmaos-cravinhos-vao-cumprir-pena-no-regime-semiaberto





quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ja me bastaria...


Eu nem queria muita coisa...

já me bastaria um quarto e sala, um colchão no chão, uma xícara de café...
Já me bastaria um sorriso pela manhã, uma salada ao meio dia, uma caminhada ao fim da tarde...

Eu nem queria muita coisa...

já me serias  suficiente um abraço diariamente, uma palavra de incentivo, um carinho...
já me serias  suficiente alguns minutos de atenção, uma opinião, qualquer sensação...

Eu nem preciso de muita coisa, mas, bom seria se você pudesse sentir minhas necessidades sem eu precisar estampá-las, porém se não fosse possível...

Já me bastaria um quarto e sala, um colchão no chão, uma xícara de café...


' IMPERFEIÇÕES

Amanhã...

Amanhã sera um outro dia, certamente eu serei mais feliz...